Este termo se popularizou ultimamente, e tem sido usado de maneira imprecisa em muitos contextos. O TOC não é definição para um “estilo organizado de ser”, ou para alguém “certinho”, mas sim um transtorno emocional que causa sofrimento significativo a quem o porta e àqueles que convivem com o paciente.
Chamamos de obsessões aqueles pensamentos ou sensações incômodas, intrusivas, que invadem a mente do indivíduo, lhe causando extremo desconforto. Já as compulsões são os atos (motores ou mentais) normalmente associados às obsessões é que lhes trazem alívio imediato, mas temporário. Logo voltam as sensações ou pensamentos obsessivos, e os rituais e compulsões se repetem.
Existem vários tipos de pensamentos obsessivos: limpeza, simetria, checagem, pensamentos proibidos, relacionados a temas sexuais ou agressivos que o paciente entende como não fazendo parte de seus pensamentos voluntários.
O paciente com TOC muitas vezes demora anos para procurar ajuda, por dificuldade em perceber a natureza patológica dos sintomas, ou por vergonha, estigma, desinformação.
O tratamento envolve psicoterapia e o uso de medicações, e tem como objetivo diminuir ou cessar as obsessões/ compulsões, de modo a causar mínimo ou nenhum prejuízo à vida do paciente.
Mais recentemente, tratamentos de neuromodulação/ estimulação cerebral têm sido estudados com esta finalidade.